Missão de observadores e escritório de contato da ONU
Com a persistência do combate na Síria, as condições para dar continuidade à Missão da ONU de Supervisão na Síria (UNSMIS) no país não foram satisfeitas, anunciou em agosto de 2012 o subsecretário-geral de Operações de Paz, Edmund Mulet. Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, no entanto, concordaram naquele mesmo mês com a criação de um escritório de contato para apoiar os esforços de uma solução política para o conflito e o respeito dos direitos humanos.
Inicialmente criada em abril de 2012 para durar 90 dias – por meio da resolução 2043 –, o mandato da UNSMIS foi prorrogado por mais 30 dias no fim de julho, quando o Conselho aprovou a resolução 2059.
A resolução também indicou que uma renovação posterior a esse prazo só seria possível se fosse confirmado que o uso de armas pesadas houvesse cessado e uma redução da violência por todos os lados era necessário para permitir à Missão implementar o seu mandato, o que não ocorreu.
Conselho de Segurança da ONU pede fim das armas químicas e missão é enviada ao país
Uma missão da ONU confirmou o uso de gás sarin num ataque químico que matou centenas de pessoas em agosto de 2013. No mês seguinte, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu a rápida eliminação das armas químicas do país por meio daresolução 2118.
Cerca de 100 especialistas em armas químicas foram alocados no país por meio de uma missão conjunta da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) com as Nações Unidas para supervisionar a destruição dos arsenais da Síria, que deve ser concluída até junho de 2014.
A destruição funcional de instalações e armamentos foi confirmada no começo de dezembro de. Os especialistas buscam agora parceiros comerciais adequados para transportar os agentes químicos até um navio dos Estados Unidos, onde devem ser destruídos em alto mar por meio de hidrólise.
Representante Especial tenta saída negociada pacífica para a crise
Em fevereiro de 2012, o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan (na foto abaixo, à esquerda) foi anunciado como o enviado especial da Missão Conjunta da Liga Árabe e da ONU para a Síria. Annan, que havia ocupado o cargo máximo da Organização entre 1997 e 2006, se tornou à época alto representante da ONU e da Liga Árabe para resolver a crise e será apoiado por um vice-representante. “O enviado especial proporcionará bons ofícios destinados a pôr fim a toda a violência e violações dos direitos humanos, e promover uma solução pacífica para a crise da Síria”, afirmou o comunicado conjunto no dia 23.
No dia 2 de agosto do mesmo ano, no entanto, Annan renunciou ao cargo após tentativas frustradas de aplicar o chamado Plano de Seis Pontos, que pede o fim da violência, o acesso de agências humanitárias para o fornecimento de apoio à população civil, a libertação dos detidos, o início de um diálogo político inclusivo e livre acesso ao país para a mídia internacional.
Em seu lugar, as duas organizações apontaram no dia 17 de agosto de 2012 o diplomata veterano argelino Lakhdar Brahimi (à direita) como novo facilitador da paz na região. Brahimi deve assumiu a função no dia 31 de agosto, quando terminou o mandato de Annan, e desde então tem feito esforços constantes para uma saída negociada pacífica para a crise.
Conferência de paz busca solução política para a crise
Estão avançando os preparativos para a chamada “Genebra II”, conferência que deve ser realizada em janeiro na cidade suíça. O encontro – que terá participação do Brasil e outras dezenas de países – vai colocar, pela primeira vez desde o início do conflito em março 2011, o governo sírio e a oposição numa mesa de negociação.
O objetivo é alcançar uma solução política para o conflito por meio de um acordo global entre o governo sírio e a oposição para a plena implementação do comunicado de Genebra, adotado após a primeira reunião internacional sobre a questão em 30 de junho de 2012, que previa a criação de um governo de transição que levaria à realização de eleições no país.
Como ajudar
Você pode fazer doações para duas das diversas agências que estão atuando no país: o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) — clique aqui para acessar — ou para o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU — clique aqui para acessar.
http://www.onu.org.br/siria/
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