sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Menino que passou 60 horas com bala na nuca diz que 'nasceu de novo'
Menino que passou 60 horas com bala na nuca diz que 'nasceu de novo'Luan Correa, de 12 anos, ficará sem sequelas, segundo os médicos. Garoto foi vítima de bala perdida na cidade de Santana, no Amapá.24/01/2014 09h07 - Atualizado em 24/01/2014 10h31
Por John Pacheco
Do G1 AP
Vítima de uma bala perdida no sábado (18) , Luan Oliveira Correa, de 12 anos, poderia ter sido mais um na estatística de mortes violentas no Amapá. Ele foi atingido com um tiro na nuca e passou mais de 60 horas com o projétil alojado no corpo, à espera de uma cirurgia no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) , em Macapá. O adolescente foi submetido à operação na quarta-feira (22) e sobreviveu sem sequelas. Na quinta-feira (23), Luan voltou para casa, no município de Santana, a 17 quilômetros da capital.
Ao lado dos irmãos e da avó, o garoto conta que lembra de tudo o que aconteceu. "Nasci de novo. Quando me atingiram, só senti um choque que parou todo o meu corpo, caí no chão e não tinha forças para me mexer, mas vi o desespero do meu pai pedindo ajuda", descreveu Luan, referindo-se ao pai, Walter Correa, de 40 anos, que ficou o tempo todo ao lado do filho no hospital.
Na cama onde Luan vai passar a maior parte do tempo nos próximos dias, seguindo orientação médica, o menino segura na mão esquerda o terço usado durante todo o período de internação. "Com certeza, Deus fez alguma coisa por mim, tinha o terço desde antes do tiro, e agora não vou deixá-lo", disse. Para se divertir, o garoto ouve música em um aparelho de som comprado pelo pai.
Luan agradeceu todos os cuidados recebidos pela equipe médica. Ele contou que sentiu medo de ficar sem fazer as coisas de que mais gosta, como jogar futebol, soltar pipa e ir para a escola, onde cursa a 6ª série do ensino fundamental.
O pai da criança se emocionou ao revelar o medo que sentiu de perder o filho, desde o momento em que viu Luan levar o tiro até a longa espera pela cirurgia. Walter revelou, ainda, que se preocupou com o fato de o filho ter se mantido imobilizado durante quase todo o tempo de internação.
O pai da criança se emocionou ao revelar o medo que sentiu de perder o filho, desde o momento em que viu Luan levar o tiro até a longa espera pela cirurgia. Walter revelou, ainda, que se preocupou com o fato de o filho ter se mantido imobilizado durante quase todo o tempo de internação.
"Qualquer pai se desespera, ver meu filho lá sofrendo, não podendo comer nem fazer o que deseja. Nessas horas, os médicos foram meus melhores amigos em dar a atenção necessária ao Luan. Só tenho a agradecer por deixarem ele viver sem nenhuma sequela", agredeceu o pai, emocionado.
A recuperação do garoto deve durar 30 dias, conforme prevê o neurocirurgião Paulo André Aragão, responsável pela operação de Luan.
Caso
A bala perdida que atingiu o adolescente, segundo a Polícia Militar, foi disparada por um jovem de 19 anos, que errou o alvo ao tentar acertar dois rivais, a uma quadra de distância do garoto, que acompanhava o pai em um comércio de Santana .
A bala perdida que atingiu o adolescente, segundo a Polícia Militar, foi disparada por um jovem de 19 anos, que errou o alvo ao tentar acertar dois rivais, a uma quadra de distância do garoto, que acompanhava o pai em um comércio de Santana .
"O homem que atirou já tem passagem pela polícia e, ao atirar em um desafeto dele, errou o tiro, atingindo o garoto, que não tinha nada a ver com a situação", confirmou o sargento da PM Herinaldo Nascimento.
O suspeito de ter efetuado o disparo fugiu do local, mas, com a ajuda de testemunhas, a Polícia Militar ainda conseguiu capturá-lo. Ele foi preso e apresentado à Central de Flagrantes da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Santana, de onde seguiu para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
http://m.g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2014/01/menino-que-passou-60-horas-com-bala-na-nuca-diz-que-nasceu-de-novo.html
sábado, 25 de janeiro de 2014
Conselho de Segurança da ONU pede fim das armas químicas e missão é enviada ao país
Missão de observadores e escritório de contato da ONU
Com a persistência do combate na Síria, as condições para dar continuidade à Missão da ONU de Supervisão na Síria (UNSMIS) no país não foram satisfeitas, anunciou em agosto de 2012 o subsecretário-geral de Operações de Paz, Edmund Mulet. Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, no entanto, concordaram naquele mesmo mês com a criação de um escritório de contato para apoiar os esforços de uma solução política para o conflito e o respeito dos direitos humanos.
Inicialmente criada em abril de 2012 para durar 90 dias – por meio da resolução 2043 –, o mandato da UNSMIS foi prorrogado por mais 30 dias no fim de julho, quando o Conselho aprovou a resolução 2059.
A resolução também indicou que uma renovação posterior a esse prazo só seria possível se fosse confirmado que o uso de armas pesadas houvesse cessado e uma redução da violência por todos os lados era necessário para permitir à Missão implementar o seu mandato, o que não ocorreu.
Conselho de Segurança da ONU pede fim das armas químicas e missão é enviada ao país
Uma missão da ONU confirmou o uso de gás sarin num ataque químico que matou centenas de pessoas em agosto de 2013. No mês seguinte, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu a rápida eliminação das armas químicas do país por meio daresolução 2118.
Cerca de 100 especialistas em armas químicas foram alocados no país por meio de uma missão conjunta da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) com as Nações Unidas para supervisionar a destruição dos arsenais da Síria, que deve ser concluída até junho de 2014.
A destruição funcional de instalações e armamentos foi confirmada no começo de dezembro de. Os especialistas buscam agora parceiros comerciais adequados para transportar os agentes químicos até um navio dos Estados Unidos, onde devem ser destruídos em alto mar por meio de hidrólise.
Representante Especial tenta saída negociada pacífica para a crise
Em fevereiro de 2012, o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan (na foto abaixo, à esquerda) foi anunciado como o enviado especial da Missão Conjunta da Liga Árabe e da ONU para a Síria. Annan, que havia ocupado o cargo máximo da Organização entre 1997 e 2006, se tornou à época alto representante da ONU e da Liga Árabe para resolver a crise e será apoiado por um vice-representante. “O enviado especial proporcionará bons ofícios destinados a pôr fim a toda a violência e violações dos direitos humanos, e promover uma solução pacífica para a crise da Síria”, afirmou o comunicado conjunto no dia 23.
No dia 2 de agosto do mesmo ano, no entanto, Annan renunciou ao cargo após tentativas frustradas de aplicar o chamado Plano de Seis Pontos, que pede o fim da violência, o acesso de agências humanitárias para o fornecimento de apoio à população civil, a libertação dos detidos, o início de um diálogo político inclusivo e livre acesso ao país para a mídia internacional.
Em seu lugar, as duas organizações apontaram no dia 17 de agosto de 2012 o diplomata veterano argelino Lakhdar Brahimi (à direita) como novo facilitador da paz na região. Brahimi deve assumiu a função no dia 31 de agosto, quando terminou o mandato de Annan, e desde então tem feito esforços constantes para uma saída negociada pacífica para a crise.
Conferência de paz busca solução política para a crise
Estão avançando os preparativos para a chamada “Genebra II”, conferência que deve ser realizada em janeiro na cidade suíça. O encontro – que terá participação do Brasil e outras dezenas de países – vai colocar, pela primeira vez desde o início do conflito em março 2011, o governo sírio e a oposição numa mesa de negociação.
O objetivo é alcançar uma solução política para o conflito por meio de um acordo global entre o governo sírio e a oposição para a plena implementação do comunicado de Genebra, adotado após a primeira reunião internacional sobre a questão em 30 de junho de 2012, que previa a criação de um governo de transição que levaria à realização de eleições no país.
Como ajudar
Você pode fazer doações para duas das diversas agências que estão atuando no país: o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) — clique aqui para acessar — ou para o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU — clique aqui para acessar.
http://www.onu.org.br/siria/
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
PCC: O EXÉRCITO TÁ CHEGANDO???
PCC: o
Exército está chegando?
PCC: o Exército está chegando?
Por Wálter Fanganiello Maierovitch
Pela Constituição, vigora o princípio da autonomia dos
Estados-federados.
O Poder de Polícia, para contrastar a criminalidade
organizada, pertence ao Estado-federado. Essa é a regra.
As exceções à regra da autonomia dos estados ocorrem com a
Intervenção Federal, casos de Estado de Defesa e de Sítio.
Aí, as Forças Armadas passam a contar com o Poder de
Polícia, que estava afeto à unidade federativa (Estado).
Fora da Intervenção Federal, as Forças Armadas podem, em
face de pedido do governador ao presidente da república, auxiliar às forças
civis de ordem: as Forças Armadas, nessa hipótese, atuam em auxílio e não
subtraem o poder de polícia do estado.
Com tarefas determinadas, cabe aos militares comandar as
próprias forças enviadas em auxílio. Em resumo, não dá para o estado-frágil, a
ponto de pedir auxílio, querer comandar forças do Exército, Marinha ou
Aeronáutica.
Em São Paulo, a presença do Exército está sendo solicitada
pelo governo, por meio do secretário da segurança, a fim de auxiliar no
contraste ao PCC. O governador Lembo resiste e não quer o exército
PRESIDENTES,EMPRESAS E ATÉ O PAPA SÃO ALVOS DOS CINCO OLHOS!!!!!
Espionagem: o cybersistema Fve Eyes. Cinco Olhos
Por WFM-CARTACAPITAL
IBGF, 09 de novemvro de 2013.
Depois de grampeado, o papa
Francisco fingiu, pelo porta-voz padre Lombardi, ser a espionagem coisa vetusta
e desimportante. De fato, trata-se de fenômeno antigo e praticado pelos
sumérios, por volta do ano 4000 aC. Talvez, a atividade de espião seja mais
antiga do que a de prostituta. Na Idade Média, a república de Veneza usava a
espionagem para evitar sabotagens nos portos, preparar a sua defesa contra a
França e evitar ser transformada em Estado pontifício, tudo conforme desejado
pelo papa Giulio II Della Rovere.
Quando da Guerra Fria, um 007
valia por um batalhão e as agências KGB, CIA e Stasi, enterravam a prinvacidade
e se desesperavam com os agentes duplos. Em 1905, a escritora Emma Orczy lançou
“A Prímula Vermelha” e abriu um filão literário novo, com a espionagem a gerar
suspenses. Ian Fleming, depois de passar pelo serviço secreto britânico, criou,
para o cinema, o agente James Bond, detentor do código 007.
Com efeito, considerar a
espionagem desimportante sempre foi sinal de tibieza. O Vaticano tem um núcleo
de inteligência e problemas. Além da lavanderia bancária via IOR, proliferam os
“corvos”, incluído o mordomo infiel Gabriele.
No Brasil e ao tempo de FHC,
espiões travestidos de funcionários da embaixada norte-americana colocaram
equipamentos de escuta ambiental no gabinete da presidência, conforme
documentou e informou Carta Capital em matéria assinada pelo jornalista Bob
Fernandes. Segundo Bob Fernendes, o 007 de nome Carlos Costa, do Nsa,
descobrira que os serviços de limpeza no Palácio do Planalto eram terceirados
e, aí, ficou fácil infiltrar. O único problema era a troca das baterias, de
tempos em tempos.
Da minha parte, na condição de
Secretário Nacional, encontrei, por acaso no Aeroporto de Manaus, um grupo de
norte-americanos engravatados. Todos vieram me cumprimentar e deixaram cartões
de visitas a revelar suas identidades de agentes da CIA, Nas e DEA. Em resposta
à minha pergunta, esses 007 contaram que tinham estado na Floresta Amazônica,
no lado brasileiro, para colher informações, inclusive sobre narcotráfico. A
representação que encaminhei, pelo Gabinete de Segurança Institucional e com
intuito de alertar o presidente FHC, não deu em nada. O caso chegou à Comissão
de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (CREDN) que
resolveu me ouvir, mas a sessão, por manobra parlamentar tucana, restou adiada
sine-die.
Como fachada para bisbilhotar,---
e como se viu na presidência de Ronald Reagan--, usava-se a “war on drugs”
(guerra às drogas). Depois do trágico 11 de setembro, o terrorismo virou
justificativa para encobrir interesses políticos, militares, econômicos e
comerciais. Para se ter uma idéia, chegam mensalmente a Maryland, na sede da
Nsa, 180 milhões de informações. E um banco com 850 bilhões de dados
originários em bisbilhotagens é servido pelo poderoso motor de busca
X-Key-Score.
O sistema geopolítico de
espionagem eletrônica dos EUA é conhecido por “Five Eyes” (Cinco Olhos). Na
verdade, virou um clube de espionagem anglofônico a envolver EUA, Grã Bretanha,
Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Os “Cinco Olhos” são reforçados por aquele
dos aliados: Nato, União Européia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Espanha,
Japão, Coréia do Sul, Israel, México, Índia, Colômbia, Chile e Brasil. São
considerados inimigos, e bem olhados, a China, Rússia, Irã, Coréia do Norte,
Paquistão, Síria e Cuba. Como advertiram as grampeadas presidenta Dilma e a chanceler
alemã Merkel, houve quebra de confiança a partir do momento em que os 007, a
serviço dos “Cinco Olhos”, espionaram os aliados. Desconfiança grave pois o
objetivo primário desse clube de nome “Five Eyes” é detectar os estados
nacionais com capacidade de reduzir a influência americana e os inimigos que
representam uma ameaça, real ou potencial, aos cidadãos e aos militares: aí é
que entra o terrorismo internacional.
Embora 35 líderes tenham sido
bisbilhotados, apenas Dilma e Merkel protestaram à altura: Dilma na ONU e a
suspender a sua visita oficial aos EUA e Merkel na União Européia e por
telefonema a Obama. As duas apresentaram um projeto de resolução às Nações
Unidas. A resolução, depois de dantescos espetáculos protagonizados pelos EUA
característicos de violações à segurança de Estados Nacionais e aos direitos
naturais da pessoa humana em face da quebra da privacidade, deverá ser
aprovada.
Como adverte Marvin Cetron, um
dos maiores especialistas no tema espionagem, “é muito mais difícil regrar a
espionagem, até diante de novas tecnologias que surgirão, do que limitar a
difusão e o tráfico de armas atômicas”. Marvim falou,também, sobre o celular
griptografado de Merkel e visou que as agências norte-americanas, há mais de 8
anos, conseguem decodificar sinais.
Dilma Roussef fez questão de
ressaltar na ONU que o seu governo, diversamente daquele de FHC, não admite
espionagens e bisbilhotagens. Merkel, --que chegou à última reunião da União
Européia a bordo de um Audi de placa BGI-007 só vai se acalmar, como circulou
pelos corredores do palácio de Bruxelas, quando a Alemanha virar o sexto olho
do sistema, deixada a condição de aliado.
Pano rápido. A definição de
espião, contida na Convenção de Haia de 1907, já está superada e o mundo
democrático está a dever muito a Julian Assange e Edward Snowdwn.
MÁFIA É FAMILIA????
Máfia é uma organização criminosa cujas atividades
estão submetidas a uma direção colegial oculta e que repousa numa estratégia de
infiltração da sociedade civil e das instituições.1 Pode-se também falar de
sistema mafioso. Os membros são chamados mafiosos (no singular: mafioso).
Na Itália existem diversas
máfias, sendo mais conhecida a "Cosa nostra" (em português
"nosso assunto" ou "nossa coisa"), de origem siciliana.2 A
Camorra, napolitana, e a 'Ndrangheta, da Calábria são outras conhecidas associações
mafiosas.
A Máfia surgiu no sul da Itália
na época medieval. Seus membros eram lavradores arrendatários de terras
pertencentes a poderosos senhores feudais. Mas eles pretendiam dividir essas
terras e, para isso, começaram a depredar o gado e as plantações. Quem quisesse
evitar esse vandalismo deveria fazer um acordo com a máfia. Da Itália, a
indústria da "proteção forçada" se espalhou para o mundo inteiro, em
especial para os Estados Unidos. A trilogia O Poderoso Chefão dirigido por
Francis Ford Coppola, baseado no livro homônimo escrito por Mario Puzo, conta a
história da família mafiosa Corleone de 1945 até 1979 e do crescimento da máfia
nos Estados Unidos.
A palavra "mafia" foi
tirada do adjetivo siciliano mafiusu, que tem suas raízes no árabe mahyas, que
significa "alarde agressivo, jactância" ou marfud, que significa
"rejeitado". Traduzido livremente, significa bravo. Referindo-se a um
homem, mafiusu, no século XIX, significava alguém ambíguo, arrogante, mas
destemido; empreendedor; orgulhoso, de acordo com o acadêmico Diego Gambetta.
De acordo com o etnógrafo
siciliano Giuseppe Pitrè, a associação da palavra com a sociedade criminosa foi
feita em 1863 com a peça I mafiusi di la Vicaria (O Belo Povo da Vicaria) de
Giuseppe Rizzotto e Gaetano Mosca, que trata de gangues criminosas na prisão de
Palermo. As palavras Máfia e mafiusi (plural de mafiusu) não são mencionadas na
peça e foram, provavelmente, inseridas no título para despertar a atenção
local.
A associação entre mafiusi e
gangues criminosas foi feita através da associação que o título da peça fez com
as gangues criminosas, que eram novidade nas sociedades siciliana e italiana
àquela época. Consequentemente, a palavra "máfia" foi criada por uma
fonte de ficção vagamente inspirada pela realidade e foi utilizada por
forasteiros para descrevê-la. O uso do termo "máfia" foi
posteriormente apropriado pelos relatórios do governo italiano a respeito do
fenômeno. A palavra "mafia" apareceu oficialmente pela primeira vez
em 1865 num relatório do prefeito de Palermo, Filippo Antonio Gualterio.
Leopoldo Franchetti, um deputado
italiano que viajou à Sicília e que escreveu um dos primeiros relatórios
oficiais sobre a máfia em 1876, descreveu a designação do termo
"Mafia": "o termo máfia encontrou uma classe de criminosos
violentos pronta e esperando um nome para defini-la e, dado ao caráter e
importância especial na sociedade siciliana, eles tinham o direito a um nome
diferente do utilizado para definir criminosos comuns em outros países."3
Etimologia
Existem várias teorias sobre a
origem do termo "Mafia" (às vezes soletrado "Maffia" nos
textos antigos). O adjetivo siciliano mafiusu (em italiano: mafioso) pode
derivar da gíria árabe mahyas (مهياص),
que significa "agressivo ostentando, gabando", ou marfud (مرفوض) significando
"rejeitado". Em referência a um homem, no século XIX, a palavra
mafiusu na Sicília, era uma palavra ambígua, significando um valentão,
arrogante, mas também destemido, empreendedor e orgulhoso, de acordo com o
historiador Diego Gambetta.4 Em referência a uma mulher, no entanto, a forma
feminina do adjetivo "mafiusa" significa bonita e atraente.
Outras possíveis origens do árabe
podem ser:
maha = pedreira, caverna5
mu'afa = segurança, proteção5
A associação pública da palavra
com a sociedade secreta criminosa foi, talvez inspirada pela obra teatral
"I mafiusi di la Vicaria" ("Os mafiosos da Vicaria"), de
1863, de Giuseppe Rizzotto e Gaetano Mosca. As palavras Mafia e mafiusi nunca
são mencionados na peça; provavelmente eles foram colocadas no título para
adicionar um toque local. A peça é sobre uma gangue de prisão de Palermo com
características semelhantes à da máfia: um chefe, um ritual de iniciação, e
falar de "umirtà" (omertà ou código de silêncio) e "pizzu"
(uma palavra-código para dinheiro de extorsão).6 A peça teve grande sucesso em
toda a Itália. Logo depois, o uso do termo "mafia" começou a aparecer
nos primeiros relatórios do Estado italiano sobre o fenômeno. A palavra fez sua
primeira aparição oficial em 1865 em um relatório do prefeito de Palermo,
Filippo Antonio Gualterio.7
Operação "Mãos Limpas"
Em meados dos anos 1980, a Máfia
atuava até mesmo na esfera pública italiana. Empresários, políticos de diversos
cargos e achacadores compunham um sistema sólido, ao qual resistir implicava
sérios riscos. Mas a sociedade italiana não se deixaria dominar pelo crime
organizado por tanto tempo. Os sistemas Penal e Judiciário foram modificados e
dotados de instrumentos mais duros de combate ao crime organizado. Durante a
Operação "Mãos Limpas", centenas de mafiosos foram presos, levados a
julgamento e condenados. Até mesmo o primeiro-ministro Giulio Andreotti foi
acusado de envolvimento com mafiosos (e absolvido em 1995). A reação destes não
tardou: 24 juízes e promotores foram assassinados enquanto a Máfia era
investigada. Embora ela não desaparecesse por completo, perdeu muito poder
embora sua aura ainda seja preservada em filmes e histórias. Seu declínio é uma
prova categórica da teoria defendida por muitos – a de que o crime organizado
só é neutralizado mediante enérgicas ações do Estado e da sociedade.
Apesar do sucesso da operação
Mãos Limpas no combate à máfia italiana, sabe-se contudo que a principal
motivação desta operação foi a de desviar a atenção da opinião pública das
graves denúncias que o dissidente Vladimir Bukovski trouxe dos Arquivos de
Moscovo.
Houve diversos membros de máfias
que se destacaram na história. Os famosos Dons e Capos, como eram conhecidos no
pais das famílias. Em sua maioria eram de origem italiana. Entre eles se
destacam: Al Capone, Lucky Luciano, Don Saro e Tomaso Buscetta.
O caso dos Cordopatri
Um caso bastante famoso que
ilustra o poder e a influência da Máfia entre os italianos é o da calabresa
Teresa Cordopatri. Seu pai, Domenico, lhe havia deixado como herança olivais
que ela e seu irmão, Antonio, desejaram perpetrar, respeitando a tradição da
família. Mas os mafiosos estavam de olho nas terras dos Cordopatri, e fizeram
reiteradas ameaças a estes. A má vontade dos Cordopatri em tratar com os
criminosos – eles não abriram mão de suas férteis terras, ao contrário de
outros conterrâneos – acabou por condená-los ao isolamento, ou seja, ninguém
gostaria, por óbvios motivos de segurança, de fazer negócios com gente que
contrariava os interesses dos mafiosos. Inclusive, os bandidos coagiram Antonio
a comparecer a uma reunião. Pouco depois de insultar, nessa reunião, Saverio
Mammoliti (também conhecido como Don Saro e membro de uma das mais poderosas
famílias mafiosas da Calábria e que perguntara quando Antonio venderia suas
terras – por um décimo do valor de mercado), Antonio foi assassinado na frente
de sua casa.
Remoída pela dor, Teresa fez a si
mesma um juramento pelo qual não só aqueles criminosos seriam punidos, como a
'Ndrangheta jamais colocaria as mãos nas terras dos Cordopatri. A persistência
e a coragem de Teresa – mulher de fibra e força de vontade – foram
recompensadas em 1992, quando Don Saro e vários outros membros do clã Mammoliti
foram condenados a penas que variavam de 5 anos de prisão à prisão perpétua,
caso de Francesco Mammoliti, filho de Saverio e mandante do assassinato de
Antonio Cordopatri.
Principais famílias da Itália
Barletta
Iniciada em 1960 por Vito
Barletta, foi uma das grandes famílias que cresceram apenas na Itália, onde
vendiam armas e narcóticos, sendo assim a família mais rica e poderosa da
época. Havia poucos capangas, pois o próprio Don Vito assassinou o Don Turin, tendo
acordo com a família Cordopatri. Em 1985 Vito vingou o assassinato de Luca
Mezza, seu sócio da Mafia, e se "suicidou" após ter conseguido o
domínio total.8
Loschiavo
A família Loschiavo, ou
Losquiavo, teve origem em meados de 1880. Com grande importância na política
italiana, a família teve que fugir da Itália para vários países da América,
incluindo o Brasil. A família é lembrada até hoje na região de Cosenza, na
Calábria.
Turin
A família Turin teve uma grande
parte de seus homens mortos após pequena guerra contra os Barletta em conjunto
com a familia Piantavini, teve seu reinado no comércio de drogas e armas no
período de 1973 a 1975 teve seu fim decretado em 1992 devido a má fase a crise
e a ameaças da família Barletta.
Cordopatri
A família Cordopatri foi quem
espalhou a máfia para os EUA era conhecida pela alta venda de armas sempre
favorecendo as famílias maiores, em 1986 venderam um alto valor de armas a
família Stracci, os Stracci não pagaram então os Cordopatri mandaram homens
para matá-los mas não deu certo e acabaram mortos, e os poucos que viveram
resolveram encerrar com o comércio.
Gerevini
Provenientes de Castelfranco
D'óglio, na província de Cremona, eram importante peça da máfia italiana. Eram
muito discretos no que faziam e exigiam sigilo total, talvez por isso não são
tão citados. Tinham uma provável co-ligação com os "Cosa Nostra".
Eram frios e conhecidos por não deixar rastros(prova disso, é que hoje não se
encontram arquivos e fichas policiais sobre os mesmos).
Gallo
Proveniente de Fagnano Castello
que é uma comuna italiana da região da Calábria, província de Cosenza, com
cerca de 4.194 habitantes. Estende-se por uma área de 29 km², tendo uma
densidade populacional de 145 hab/km². Faz fronteira com Acquappesa, Cetraro,
Malvito, Mongrassano, San Marco Argentano, Santa Caterina Albanese. Nesta
Região surgiu em meados de 1900, sendo criada pelo avo de Don Gallo
(Fioravante) que era como irmão de Dom Domenico, pai de Antonio Cordopatri
quando de seu assassinato Don Gallo ja vivendo fora da Itália, ordenou que os
homens ainda remanescentes na organização na Itália se unissem a Teresa
Cordopatri para desta forma levar a efeito a N'drangheta ou Vendetta contra
Saverio Mammoliti mais conhecido como Don Saro, Don Gallo foi para um pais da
America do Sul se afastando dos negócios e passou a fabricar e recuperar armas,
para membros dos orgãos de seguranca do local aonde vivia, sendo muito
respeitado neste mister, tendo falecido nos anos 90 de maneira humilde deixando
filhos e netos que nunca souberam de suas origens Mafiosas quando jovem !
Sluzala
Vinda da Rússia, se instalou no
Vêneto no final do século XIX, localmente conhecida como
"companheiros" devido a sua forte ligação com a "Cosa
Nostra" no ramo de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. Não se tem
registros policiais dos mesmos, a família se estabeleceu na cidade de Venice e
na Sicília sua fama é de trabalhar objetivamente e com frieza, pouco se sabe de
seu paradeiro, acredita-se que seus fundadores tenham se transferido para a
América mais especificamente no sul do Brasil e leste dos EUA, sabe-se que seus
três fundadores tomaram rumos diferentes. É talvez a família mais misteriosas e
com menos registros catalogados.
Chiacchio
Não se sabe bem ao certo sobre
essa família somente que ela surgiu Itália e agiu em toda a Europa com grande
influência no tráficos de armas pesadas e de drogas além de ser acusado por
muitas fraudes de bancos. Coisas que chamam atenção são os seus assassinatos
que não deixam rastro nem pistas(prova disso: não existe ficha criminal de
nenhum membro da família), sabe-se também que foi umas das maiores famílias que
surgiu em 1950 com o líder da família Don Valderes Chiacchio. Outro líder da
família de se chamar atenção foi Don Temirames Chiacchio que matou o seu irmão
para assumir o cargo de líder da família. A família ainda atua na região da
Europa com o trafico, porém não e mais tão poderosa pois após a guerra com a
família Bukovski em 1989 ela se enfraqueceu e uma parte se espalhou pelas
Américas.
Amorielle
A família Amorielle iniciada em 1902
por Alero Amorielle, conhecida pela sua vasta ficha criminal, foi acusada de
fraudes a bancos, comércio de narcóticos e armas, teve seu lugar garantido
entre grandes famílias como Cordopatri e Cosa Nostra. Os Amorielle eram
conhecidos como a Máfia da Duplicidade. Grande parte dos integrantes da família
foram mortos nos conflitos com outras famílias, e até os dias atuais não se
sabe o paradeiro da família Amorielle.
Pizzetti
A maior família mafiosa italiana,
e a maior organização criminosa do mundo. Foram responsáveis pela exterminação
de famílias consagradas como Cordopatri, Gallo, Fellicci, Mammoliti e outras. O
Carlos Pizzetti foi o mais poderoso chefe da família Pizzetti responsável pela
guerra entre as Famílias Bellucci, Turin e Brelloti em 1955 do qual os Pizzetti
venceram. É formada pelas famílias Basso, Bortoletto, Camolese, Corleone,
Cicca, Gava, Gattone, Peruzzo, Nadai, Rosolen. Esta organização atua em
diversos países: Albânia, Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Bósnia e
Herzegovina, Brasil, Bulgária, Chile, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha,
Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Hungria, Kosovo, Macedónia, México,
Monte Negro, Paraguai, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Sérvia,
Suíça, Uruguai. Os crimes são formações de cartéis, corrupção, fraudes,
sonegação de impostos, contrabando, jogos de azar, vendas de armas, extorsão,
formação de milícias e esquadrões da morte. Últimos envolvimentos foi o
ministro italiano Antonio Gava e o barão do carvão Paulo José Gava. A Interpol
afirma que a Pizzetti efetua negócios com as máfias Árabe, Chinesa, Russa e
Yakuza (Japonesa). Desta forma consegue expandir o seu território de
influência.
Nava
Nava foi uma família mafiosa que teve
sua origem na Itália, na região da Sicília. Ficou conhecida em toda Sicília
pela sua grande crueldade, pois os métodos de torturas eram usados com
frequência contra os inimigos. A crueldade passou a se tornar cada vez mais
forte após Primo Antonio Nava tornar-se chefe da família, dando origem a uma
fase de torturas e assassinatos que ficou conhecida pelo nome de Purificação
das almas (em italiano, Purificazione delle anime). Pelo fato de o método de
punição e vingança ser a tortura ninguém ousava denuncia-los. Após serem
perseguidos pelo governo fascista os membros da família Nava fugiram da Itália
para proteger a família e os negócios. A casa pertencente à família foi
queimada pelos próprios membros para ocultar provas de seus crimes. Segundo
informações Primo Antonio Nava teria ido para o Brasil.
Cinema
Muitos filmes foram feitos sobre
a máfia, principalmente a máfia norte-americana. Aqui estão alguns dos filmes
mais populares sobre mafiosos americanos. Destaques para:
O Poderoso Chefão (1972) de
Francis Ford Coppola. Considerado o melhor filme sobre máfia da história do
cinema e amplamente considerado um dos melhores filmes já feitos. Estrelado por
Marlon Brando, Al Pacino, James Caan, Robert Duvall e Diane Keaton.
O Poderoso Chefão: Parte II
(1974) de Francis Ford Coppola. Estrelado por Al Pacino, Robert Duvall, Diane
Keaton e Robert De Niro.
O Poderoso Chefão: Parte III
(1990) de Francis Ford Coppola. Estrelado por Al Pacino, Andy Garcia e Diane
Keaton.
Scarface - A Vergonha de uma
Nação (1932) de Howard Hawks. Estrelado por Paul Muni.
Scarface (1983) de Brian De
Palma. Estrelado por Al Pacino. Remake de Scarface - A Vergonha de uma Nação
Era uma vez na América (1984) de
Sergio Leone. Estrelado por Robert De Niro, James Woods e Joe Pesci.
Os Intocáveis (1987) de Brian De
Palma. Estrelado por Kevin Costner, Sean Connery, Andy Garcia e Robert De Niro.
Os Bons Companheiros (1990) de
Martin Scorsese. Estrelado por Ray Liotta, Robert De Niro e Joe Pesci.
Cassino (1995) de Martin
Scorsese. Estrelado por Robert De Niro, Joe Pesci e Sharon Stone.
Estrada para Perdição (2002) de
Sam Mendes. Estrelado por Tom Hanks, Paul Newman, Jude Law e Daniel Craig.
Os Infiltrados (2006) de Martin
Scorsese. Estrelado por Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Jack Nicholson e Mark
Wahlberg.
Destaque também para o premiado
seriado Família Soprano que conta a história de Tony Soprano, um mafioso que
procura a ajuda de uma psiquiatra para conseguir lidar com a sua vida familiar
e com os negócios da máfia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1fia
Camorra, pizza e futebol. Operação em Roma
Camorra, pizza e futebol. Operação em Roma
Por Wálter Fanganiello Maierovitch
IBGF, 23 de janeiro de 2014.
Mais uma vez na nossa cara, ---e pela milésima vez escrevo e friso---, a prova sobre a necessidade de se atacar a economia movimentada pela criminalidade organizada. No último discurso do governador paulista Alckmin, ouviu-se a promessa de que atacaria o bolso do PCC, num discurso para microfones e holofotes. Pelo jeito, nem o escândalo do metrô o inspira a atuar de maneira competente.
Por evidente, com dinheiro proveniente dos ilícitos e reciclado em atividades formalmente lícitas, as associações delinquenciais de modelo especial expande-se, ganham força corruptora, infiltram-se no poder, influenciam em eleições e, de quebra, promovem, no comércio e na indústria, concorrência desleal a afetar os atuantes na legalidade.
Hoje, os italianos aplaudem o sucesso da operação que desmontou uma rede de 28 pizzarias no coração de Roma, como, por exemplo, as estabelecidas próximas do magnífico Panthenon e da pizza de Spagna, onde o gênio de Bernini, em 1629, entregou à Cidade eterna a “Fontana della Barcaccia”, algo inacreditável e única no mundo.
Parêntese: brasileiros reclamam da pizza servida em Roma. Eu também reclamaria do acarajé servido em Porto Alegre. Afinal, a pizza é a napolitana e o acarajé é o baiano. Como ensinam os partenopeos, é a água de Napoli que faz a pizza de lá ser insuperável e, talvez por isso, na cidade campana de Pompéia instalou-se a escola de formação de pizzaiolos.
Ainda no parêntese, virou charme paulistano colocar nas paredes das pizzaria o anúncio do “gemellagio” com associações napolitanas. Mas, do “gemellagio” não consta o envio de água napolitana para elaboração da massa das redondas: pura jogada marqueteira e que pesa na conta, certamente. Ainda bem que na pizzaria que frequento, a Margherita (é do velho amigo Antonio Carlos, o popular Esquerda, pois jogava muita bola e tudo com a canhota), não existe a tal parceria. Fechado parêntes.
O desfalque patrimonial decorrente da operação anticamorra de ontem foi de 250 milhões de euros. Além das apreensões, foram presas 90 pessoas envolvidas. Lógico, não faltou o chefão do clã camorrista: Edoardo Contini.
E um “furbo” (espertalhão) da indústria têxtil e que enviava os seus lucros para multiplicação no negócio camorrista, Giuseppe Cristarelli, 43 anos, suicidou-se: ao perceber a chegada da polícia na sua casa: informado que estava e do motivo da prisão, Giuseppe Cristarelli pediu licença para fechar a janela. Então, pulou para o suicídio e do quarto andar do seu luxuoso apartamento da via Banti, no prestigiado bairro Fleming.
O clã dos Contini, potenstíssimo em Napoli e com um dos capi, Edoardo Contini, estabelecido em Roma para gerenciar o sistema de lavagem, atuava, também, em parceria com vários donos de pizzarias romanas famosas.. E os irmãos Righi, Salvatore, Antonio e Luigi, se deram mal nessa. Eles operam, em Roma, a rede de pizzarias Zio Ciro (tio Ciro).
O procurador antimáfia de Roma, Giuseppe Pignatone (no passado, um desafeto do magistrado Giovanni Falcone ) comandou a operação: ocorresse no Brasil, voltaria a história de o Ministério Público não poder investigar.
Pignatone, preventivamente, fechou restaurantes famosos no centro de Roma e, pelas apurações, ligados ao clã camorrista dos Contini: “Pummarola e Drink”, “Zio Ciro”, “Frijenno Magnanno”, le catene “Pizza Ciro” e “Sugo”, “Il Pizzicotto”.
Não ficou fora uma conhecida sorveteria: gelateria “Ciuccula”.
Além de imóveis sequestrados, foram bloqueadas contas bancárias, incluídas as de testas de ferro.
A operação contou com a participação da Procuradoria Nacional Antimáfia e da Direção Distritual Antimáfia de Napoli (Dda di Napoli).
Em coletiva, os agentes da napolitana Dda ressaltaram que o “império camorrista dos Contini” investe no futebol.
Wálter Fanganiello Maierovitch--
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
ANGIOLO PELLEGRINI: bingos e máfias italianas, o jogo eletrônico no Brasil
Por Assimina Vlahou
*Entrevista concedida à Revista Carta Capital. Angiolo Pellegrini, agora general carabineiro, apurou, na direção de investigação antimáfia de Roma, operações de lavagem de dinheiro de drogas em jogos de azar, como o bingo, e as ramificações no Brasil, República Domenicana e Rússia
Pellegrini trabalhou com os juizes Giovanni Falcone e Paolo Borselino, assassinados pela Máfia. Dirigiu, também, à repressão à Cosa Nostra, em Palermo, e a N´Drangheta, na Calábria.
No Brasil, tem publicada a obra Criminalidade Organizada, uma edição da editora Jurídica Brasileira.
ENTREVISTA
AV.- Exitiu a conexao Italia-Brasil, mencionada na Operaçao Malocchio e relativa à lavagem de dinheiro da droga em maquinas eletronicas de jogos de azar?
Pellegrini- Para nós, a conexao existiu.
O grupo chefiado por Fausto Pellegrinetti, traficava droga e lavava o dinheiro proveniente deste trafico em diversas atividades e diferentes paises, inclusive no Brasil, através de Lillo Lauricella. Isso foi certificado com uma sentença nos 3 graus de juizo que da’ o caso como encerrado na Italia.
Lauricella e Pellegrinetti foram condenados com base nas informaçoes apuradas pela Operaçao Malocchio. No Brasil eles se dedicavam ao jogo de bingo. cujas maquinas compravam na Espanha e enviavam para o Brasil onde eram montadas e colocadas em circulaçao.
AV.- Como os senhores comprovaram a existencia desta conexao?
Pellegrini- A ligaçao foi evidenciada através de material de escuta telefônica. Houve também uma rogatória internacional e estivemos no Brasil em 1999
Entregamos o texto da rogatória e informaçoes levantadas pela nossa equipe ao Doutor Walter Fanganiello Maierowitch- na época Secretário Nacional Anti Drogas da Presidência da Republica.
Durante nossa estadia pedimos informações sobre as sociedades do setor de jogo de bingo que tinham ligaçao com a organizaçao que estavamos investigando. Fizemos também algumas inspeções. Nelas ficou claro por exemplo que a Nevada tinha relaçao com a Recrativos Franco da Espanha.
Na sede da Nevada- um galpao de 1300 metros quadrados abandonado poucos meses antes da nossa chegada, encontramos peças de maquinas para jogos eletronicos, compradas por Lauricella e Pellegrinetti. Havia tambem manuais de assistência técnica para modificar a composiçao eletronica das maquinas, alem de documentos alfandegarios que as acompanhavam. Esses documentos estavam em nome de Ref International de Miami com destino final Bingomatic.
AV- Qual foi o papel da Astro Turismo?
Pellegrini- Essa sociedade mantinha contato com Lauricella no ambito da gestao das maquinas eletronicas no Brasil e num giro de dinheiro atraves de alguns bancos cujo nome nao recordo. Nao posso afirmar se a Astro Turismo recebeu dinheiro diretamente ou se apenas gerenciava as maquinas. Havia um contato e isto ficou claro. A atividade e’ mais clara quando se fala em Bingomatic Eletronic, Nevada, Betatronic e Jerbra ( com sede em Jersey), sociedades ligadas entre si.
4- Na Itaia se aplica o principio de direito penal de territorialidade? Os brasileiros da conexao nao foram processados por que suas açoes ocorreram so’ no Brasil?
Pellegrini- Existe uma questao de territorialidade sim. Nao foi nem e’ de nossa competencia verificar a eventual responsabilidade de cidadaos brasileiros. A autoridade judiciaria italiana investiga apenas cidadaos italianos por crimes cometidos na Italia e no exterior ou estrangeiros que cometem crime em territorio italiano. Nos investigamos a banda chefiada por Pellegrinetti e Lauricella e o percurso para a lavagem do dinheiro proveniente do trafico de droga.
Nao fizemos investigaçoes no Brasil, mas rogatorias finalizadas a detectar esse dinheiro. Sabemos que eles compraram maquinas de jogo, que fizeram sociedade com algumas empresas e com a familia Ortiz no Brasil, mas a eventual responsabilidade dos Ortiz nao foi verificada por nós. Eles sao brasileiros, as coisas aconteceram no Brasil, portanto nao era de nossa competencia, tanto que isso nao aparece no processo. Nao pudemos nem verificar se os Ortiz tinham conhecimento da procedência do dinheiro usado por Lauricella.
AV- Quando da conexao Italia-Brasil, qual era a fama e os antecedentes de Lauricella e Pellegrinetti?
Pellegrini- Quando iniciamos as investigaçoes da Operaçao Malocchio em 1995, Pellegrinetti era foragido e ainda e’- a policia italiana ainda nao conseguiu dete-lo, apesar da colaboraçao com a Interpol. Sua atividade no trafico de droga e lavagem de dinheiro havia sido detectada atraves de uma outra operaçao: a “Green Ice”, em 1992. Naquela ocasiao ficou clara sua ligaçao com o cartel dos colombianos e com as mafias calabresa e napolitana. Numa das rogatorias que enviamos ao Brasil, pedimos informaçoes para tentar localizá-lo no território , mas nao tivemos resposta
http://www.ibgf.org.br/index.php?data[id_secao]=6&data[id_materia]=149
Criminologia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A criminologia é um
conjunto de conhecimentos que se ocupa do crime, da criminalidade e suas
causas, da vítima, do controle social do ato criminoso, bem como da
personalidade do criminoso e da maneira de ressocializá-lo. Etimologicamente o
termo deriva do latim crimino (crime) e do grego logos (tratado ou estudo),
seria portanto o "estudo do crime".1 É uma ciência empírica e
interdisciplinar. É empírica, pois baseia-se na experiência da observação, nos
fatos e na prática, mais que em opiniões e argumentos. É interdisciplinar e
portanto formada pelo diálogo de uma série de ciências e disciplinas, tais como
a biologia, a psicopatologia, a sociologia, política, a antropologia, o
direito, a criminalística, a filosofia e outros. Quando surgiu, a criminologia tratava de
explicar a origem da delinquência (crime), utilizando o método das ciências
naturais, a etiologia, ou seja, buscava a causa do delito. Pensou-se que
erradicando a causa se eliminaria o efeito, como se fosse suficiente fechar as
maternidades para o controle de natalidade.
A
criminologia é dividida em escola clássica (Beccaria, século XVIII), escola
positiva (Lombroso, século XIX) e escola sociológica (final do século XIX).
Academicamente a
Criminologia começa com a publicação da obra de Cesare Lombroso chamada
"L'Uomo Delinquente", em 1876. Sua tese principal era a do delinquente
nato.
Já existiram várias
tendências causais na criminologia. Baseado em Rousseau, a criminologia deveria
procurar a causa do delito na sociedade; baseado em Lombroso, para erradicar o
delito deveríamos encontrar a eventual causa no próprio delinquente e não no
meio. Enquanto um extremo que procura todas as causas de toda criminalidade na
sociedade, o outro, organicista, investigava o arquétipo do criminoso nato (um
delinquente com determinados traços morfológicos, influência do Darwinismo).
(Veja Rousseau, Personalidade Criminosa)
Isoladamente, tanto as
tendências sociológicas, quanto as orgânicas fracassaram. Hoje em dia fala-se
no elemento bio-psico-social. Volta a tomar força os estudos de endocrinologia,
que associam a agressividade do delinquente à testosterona (hormônio
masculino), os estudos de genética ao tentar identificar no genoma humano um
possível conjunto de "genes da criminalidade" (fator biológico ou
endógeno), e ainda há os que atribuem a criminalidade meramente ao ambiente
(fator mesológico), como fruto de transtornos como a violência familiar, a
falta de oportunidades, etc.
Lombroso é considerado o
marco da Escola Positivista, em termos filosóficos encontramos Augusto Comte.
Esta escola italiana critica os da Escola Clássica, como Beccaria e Bentham, no
que diz respeito à utilização de uma metodologia lógico-dedutiva, metafísica,
onde não existia a observação empírica dos fatos. As características principais
desta escola mostram-se em três pontos: Empirismo (cientificidade, observação e
experimentação dos factos. Negação aos pensamentos dedutivos e abstractos); O
Criminoso como objecto de estudo (importância do estudo do criminoso como autor
do crime. A delinquência é vista como um mero sintoma dos instintos
criminogéneos do sujeito. Deve-se procurar trabalhar com estes instintos por
forma a evitar o crime); Determinismo.
Ele aborda o
delinquente através de um caráter plurifatorial, para ele o indivíduo é
compelido a delinquir por causas externas, as quais não consegue controlar,
assim, as penas teriam o objetivo de proteção da sociedade e de [reeducação] do
delinquente.
Como em outras ciências,
também em criminologia se tem tentado eliminar o conceito de "causa",
substituindo-o pela ideia de "fator". Isso implica o reconhecimento
de não apenas uma causa mas, sobretudo, de fatores que possam desencadear o
efeito criminoso (fatores biológicos, psíquicos, sociais...). Uma das funções
principais da criminologia é estabelecer uma relação estreita entre três
disciplinas consideradas fundamentais: a psicopatologia, o direito penal e a
ciência político-criminal.
Outra atribuição da
criminologia é, por exemplo, elaborar uma série de teorias e hipóteses sobre as
razões para o aumento de um determinado delito. Os criminólogos se encarregam
de dar esse tipo de informação a quem elabora a política criminal, os quais,
por sua vez, idealizarão soluções, proporão leis, etc. Esta última etapa se faz
através do direito penal. Posteriormente, outra vez mais o criminólogo avaliará
o impacto produzido por essa nova lei na criminalidade.
Interessam ao criminólogo
as causas e os motivos para o fato delituoso. Normalmente ele procura fazer um
diagnóstico do crime e uma tipologia do criminoso, assim como uma classificação
do delito cometido. Essas causas e motivos abrangem desde avaliação do entorno
prévio ao crime, os antecedentes vivenciais e emocionais do delinquente, até a
motivação que leva o agressor a praticar pragmática o crime.
Cientificidade
da Criminologia
A criminologia é ciência moderna, sendo um
modo específico e qualificado de conhecimento e uma sistematização do saber de
várias disciplinas. A partir da experimentação desse saber multidisciplinar
surgem teorias (um corpo de conceitos sistematizados que permitem conhecer um
dado domínio da realidade).
Enquanto ciência, a
criminologia possui objeto próprio e um rigor metodológico (método) que inclui
a necessidade de experimentação, a possibilidade de refutação de suas teorias e
a consciência da transitoriedade de seus postulados. Ainda que interdisciplinar
é também ciência autônoma, não se confundindo com nenhuma das áreas que
contribuem para a sua formação e sem deixar considerar o jogo dialético da
realidade social como um todo.
Objeto da criminologia é o
crime, o criminoso (que é o sujeito que se envolve numa situação criminógena de
onde deriva o crime), os mecanismos de controle social (formais e informais)
que atuam sobre o crime; e, a vítima (que às vezes pode ter inclusive certa
culpa no evento).
A relevância da criminologia
reside no fato de que não existe sociedade sem crime. Ela contribui para o
crescimento do conhecimento científico com uma abordagem adequada do fenômeno
criminal. O fato de ser ciência não significa que ela esteja alheia a sua
função na sociedade. Muito pelo contrário, ela filia-se ao princípio de justiça
social.
Os estudos em
criminologia têm como finalidade, entre outros aspectos, determinar a etiologia
do crime, fazer uma análise da personalidade e conduta do criminoso para que se
possa puni-lo de forma justa (que é uma preocupação da criminologia e não do
Direito Penal), identificar as causas determinantes do fenômeno criminógeno,
auxiliar na prevenção da criminalidade; e permitir a ressocialização do
delinquente.
Os estudos em
criminologia se dividem em dois ramos que não são independentes, mas sim
interdependentes. Temos de um lado a Criminologia Clínica (bioantropológica) -
esta utiliza-se do método individual, (particular, análise de casos, biológico,
experimental), que envolve a indução. De outro lado vemos a Criminologia Geral
(sociológica), esta utiliza-se do método estatístico (de grupo, estatístico,
sociológico, histórico) que enfatiza o procedimento de dedução.
Criminologia e
ciências afins
A interdisciplinaridade
é uma perspectiva de abordagem científica envolvendo diversos continentes do
saber. Ela é uma visão importante para qualquer ciência social. Em seus
estudos, a criminologia se engaja em diálogo tanto com disciplinas das Ciências
Sociais ou humanas quanto das Ciências Físicas ou naturais.
Entre as áreas de estudo mais próximas da Criminologia temos:
Direito
penal: o principal ponto de contato da criminologia com o Direito Penal
está no fato de que este delimita o campo de estudo da criminologia, na medida
em que tipifica (define juridicamente) a conduta delituosa; O direito penal é
sancional por excelência; Ele caracteriza os delitos e, através de normas
rígidas, prescreve penas que objetivam levar os indivíduos a evitar essas
condutas.
Direito Processual Penal: a Criminologia fornece os elementos
necessários para que se estipule o adequado tratamento do réu no âmbito
jurisdicional. Também indica qual a personalidade e o contexto social do
acusado e do crime, auxiliando os juristas para que a sentença seja mais justa.
A criminologia oferece os critérios valorativos da conduta criminosa. Ela
pesquisa a eficácia das normas do Direito Penal, bem como estuda e desenvolve
métodos de prevenção e ressocialização do criminoso.
Direito Penitenciário: os dados criminológicos são importantes
no Direito Penitenciário para permitir o correto e eficaz tratamento e
ressocialização do apenado. A criminologia ajuda a tornar a pena mais humana,
buscando o objetivo de punir sem castigar.
Psicologia Criminal: é ciência que demonstra a dimensão
individual do ato criminoso; estuda a personalidade do criminoso, orientando a
Criminologia.
Psiquiatria Criminal: é ramo do saber que identifica as
diversas patologias que afetam o criminoso e envolve o estudo da sanidade
mental.
Antropologia Criminal: abrange o fenômeno criminológico em sua
dimensão holística, ou seja, biopsicosocial. É o Estudo do homem na sua
história, em sua totalidade (homem como fator presente no todo);
Sociologia Criminal: demonstra que a personalidade criminosa é
resultante de influências psicológicas e do meio social;
Ciências Biológicas: fornecem os elementos naturais e
orgânicos que influenciam ou determinam a conduta do criminoso;
Vitimologia: estuda a vítima e sua relação com o crime
e o criminoso (estuda a proteção e tratamento da vítima, bem como sua possível
influência para a ocorrência do crime);
Criminalística: é o ramo do conhecimento que cuida da
dinâmica de um crime. Estuda os fatores técnicos de como o crime aconteceu. Há
um setor especializado da polícia destinado a essa área.
Ciências Econômicas: estuda o crime a partir do instrumental
analítico racionalista. O crime é visto como um mercado e sua oferta é
determinada por fatores como o ganho esperado da atividade criminosa, probabilidade
de sucesso e intensidade da punição em caso de falha.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Criminologia
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